SOMOS:
Contra o rigor verbal e a norma culta!

LUTAMOS:
Pela Coloquialidade Exarcebada!

QUEREMOS:
Mais Palavrões e Termos Chulos!

DIZEMOS:
Deixe essa falsa moralidade de lado e SOLTE O VERBO!


"Puta Falta de Sacanagem!"

“A putaria nada mais que é que sexo com alegria”.

Mensagens (quase) filosóficas do Professor: "Mr. Catra".

- “Playboy não, já viu playboy preto? Foi daí que eu deixei de ser playboy”
- “Eu sou operário do Funk”
- “Mc Catra tem uma memória de 10 ou 50GB”
- “Quem taca fogo em mulher é viado”
- “Quer romance lê um livro, quer fidelidade compre um cachorro e quer amor volta pra casa da mamãe!”
- “Quem tem amigo não precisa ter dinheiro”
- “Já fiz chuva de 14mil reais”
- “Eu sou um cara de muitas mulheres, mas das mesmas muitas mulheres”
- “A putaria nada mais que é que sexo com alegria”
- “Um boquete e um copo d’agua não se nega a ninguém” 
- “Se eu sou o pica das galáxias, ela é a perereca do universo”
- “Deus não escolhe mulher pra mim, ele dá oportunidade da mulher viver comigo”
- “Machista é botar sua mulher para trabalhar, querer que sua mulher seja independente”
- “Estou partindo para o 24º filho”
- “Eu que suei, como eu não vou assumir?”
- “Eu era fã do meu pai sem saber que era meu pai”
- “Malafaia é o cacete, Malafaia é um bom viado”
- “O filho é a bênção, a mãe que é a maldição”
- "cú não se pede, se conquista".

Amém! (estamos quase beatificando este que já é o nosso mais novo Pastor!)

Salve Mestre Catra!!!

Segue abaixo o link do Piloto do documentário "90 dias com Mr. Catra"

Porra... Primeiro post!

 Boa noite. Meu nome é Cabral, muito prazer. Venho por meio desta humilde postagem, elucidar os Propósitos e Fundamentos deste Movimento Popular Organizado, dito, Solta o Verbo!

Dos Fundamentos:

Artigo primeiro:
O post número um não é um post. É a Bíblia Sagrada. (por isso, este é o primeiro post).
Anexo um:
Em nossa Bíblia está escrito tudo que há para dizer. Tudo que faremos a seguir será apenas reafirmar o que já foi dito Pelo nosso Profeta Maior.

Artigo segundo:
Com o poder do Verbo! Elevamos Millôr Viola Fernandes à condição de Profeta.
Anexo um:
Não qualquer profeta, mas o nosso Profeta Maior. Àquele que escreveu a Bíblia Sagrada, fonte de todo nosso conhecimento.
Elevamos, também, Dolores Gonçalves Costa (Dercy Gonçalves) ao patamar de Santa e João Francisco Benedan (João Gordo) à Pastor.

Dos Propósitos:

Artigo um:
O Movimento Solta o Verbo! Vem ao mundo para:
Acelerar a dinâmica da língua e da linguística. (que chamaremos de “Verbo!”).
Reafirmar (para os que insistem em negar) que o Verbo é vivo e Evolui.
Tentar evitar ou negar isso é inútil. O palavrão de ontem é uma inofensiva gíria hoje em dia. Existe uma infinidade de expressões chulas extremamente válidas na nossa língua; porque não usá-las? Só porque alguns acham impróprio? “Porra nenhuma!” Eu falo palavrão mesmo. E acredito que quanto mais eu falar, mais você vai se acostumar com Eles. Não é à toa que “Merda”, praticamente, deixou de ser um palavrão. E, mais, “Porra” está no mesmo caminho... Temos também o “Putz” (diminutivo de “Puta que Pariu” ou “Puta Merda”) que já é bem aceito...

Não queremos que você mande sua Mãe “tomar no cú”; mas que entenda que porque não está acostumado com certas expressões não quer dizer que você tenha que se ofender com isso. Talvez você seja tapado. (e o boca suja do seu lado, talvez, seja um cara legal pra caralho).  



Gostou? Então divulga, porra!
Não gostou? Então Reclama, caralho!      















Direito ao Palavrão - Millôr Fernandes

"Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos.
É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia. Sem que isso signifique a “vulgarização” do idioma, mas apenas sua maior aproximação com a gente simples das ruas e dos escritórios, seus sentimentos, suas emoções, seu jeito,sua índole.
“Pra caralho”, por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que “Pra caralho”? “Pra caralho” tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via- Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?
No gênero do “Pra caralho”, mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso “Nem fodendo!”. O “Não, não e
não!” e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade “Não, absolutamente não! “o substituem. O “Nem fodendo” é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo “Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!”. O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o “porra nenhuma!” atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a bravata daquele chefe idiota senão com um “é PhD porra nenhuma!”, ou “ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!”. O “porra nenhuma”, como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos “aspone”, “chepone”, “repone” e, mais recentemente, o “prepone” - presidente de porra nenhuma. Há outros palavrões igualmente clássicos.
Pense na sonoridade de um “Puta-que-pariu!”, ou seu correlato “Puta-que-o- pariu!”, falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba… Diante de uma notícia irritante qualquer um “puta-que-o-pariu!” dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso “vai tomar no cú!”? E sua maravilhosa e reforçadora derivação “vai tomar no olho do seu cú!”.Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando,passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: “Chega! Vai tomar no olho do seu cú!”. Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face,olhar firme,cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: “Fodeu!”. E sua derivação mais avassaladora ainda: “Fodeu de vez!”. Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? “Fodeu de vez!”.
Sem contar que o nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de “foda-se!” que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do “foda-se!”? O “foda-se!” aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. “Não quer sair comigo? Então foda-se!”. “Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!”. O direito ao “foda-se!” deveria estar assegurado na Constituição Federal. Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!. Grosseiro, mas profundo…
Pois se a lingua é viva, inculta, bela e mal-criada, nem o Prof. Pasquale explicaria melhor. “Nem fodendo…”. "